No dia 5 de março comemora-se o Dia Mundial da Eficiência Energética.
A comemoração deste dia tem como propósito a consciencialização mundial quanto à utilização da energia de uma forma sustentável e reduzir o consumo energético com grandes melhorias ambientais.
Consciencializar a população portuguesa, traz enormes benefícios ambientais e ajuda a obter uma poupança para os orçamentos familiares e empresarias (27% do país é energeticamente pobre, o que constitui a maior pobreza do país). Neste sentido, poupar energia através do aproveitamento dos recursos das suas habitações, das instalações industriais, dos transportes e das instalações desportivas, beneficia todo o planeta.
Combate à pobreza energética
A incapacidade de as famílias aquecerem ou arrefecerem adequadamente as suas casas resulta, quer da insuficiência dos seus rendimentos, como da má qualidade energética das habitações. Estima-se que 27% dos agregados familiares portugueses estejam em pobreza energética. É, por isso, um fenómeno mais vasto do que outras formas de pobreza e deve ser alvo de uma política própria.
O combate à Pobreza Energética foi introduzido pela Comissão Europeia através das diretivas 2009/72/CE para a Eletricidade e Diretiva 2009/73/CE para o Gás Natural, tendo-se evidenciado mais a relevância deste tipo de pobreza e a necessidade de apoiar consumidores economicamente vulneráveis.
O atraso estrutural do parque imobiliário português, em termos de conforto térmico, tem implicações claras no: • desempenho educativo das nossas crianças; • no estado de saúde dos nossos idosos; • no rendimento disponível das famílias mais carenciadas; • na fatura energética do país; • no clima do planeta.
Tudo o que possamos fazer para reduzir a pobreza energética não é apenas política social, é também política económica, educativa, cultural e ambiental.
O Governo já desenhou a estratégia de longo prazo para a renovação dos edifícios, de modo a mitigar a pobreza energética. A ELPRE - Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios conta com 300 milhões de euros disponíveis até 2050. Para 2030, a meta é renovar até 363 milhões de m2. Neste programa analisam-se as necessidades energéticas e o conforto térmico do parque edificado em Portugal, assim como o seu potencial impacto em termos de cobenefícios e impacto económico.
Assim sendo, para obter uma melhor eficiência energética é aconselhável modificar os nossos hábitos, substituir os aparelhos elétricos e produzir energia que utilizamos para ser mais eficientes em termos económicos e ambientais, o que vai desde a substituição da iluminação, ao isolamento de paredes e coberturas, passando pela climatização e aquecimento, melhoria dos equipamento de produção de águas quentes e sanitárias e sistemas que recorram a fontes de energia renovável, como a energia solar térmica, solar fotovoltaica, eólica, mini-hídrica, geotermia, aerotérmica e geotérmica (bombas de calor) e biomassa.